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  • Thayse N. Soares

A alegria da "morte"


Duas irmãs estavam na correria dos afazeres da vida no meio de um dia atípico, quando uma delas recebe a notícia de que uma querida amiga está nos seus últimos momentos de vida. Ela insistiu para que a irmã a levasse para uma última visita à sua estimada amiga Suzie. Chegando ao local que não era nada agradável, a amiga de Suzie ficou com receio de entrar sozinha e pediu que a irmã a acompanhasse; ela resistiu, mas não teve escolha.

A informação que tinham era de que Suzie não falava claramente a dias e estava muito mal. Chegando no quarto, o esposo, Tom, as recebe com o sorriso mais amável que se possa imaginar e Suzie, praticamente imóvel em uma cama, abre um sorriso inesperado para o estado em que se encontrava e olhando nos olhos da amiga diz: “Que bom que você veio pois quero dizer para todas as pessoas que amo que estou bem e feliz, pois vou ver o meu Jesus, Ele está no céu me esperando. Ele já preparou o meu lugar (Jo 14.2). Estou pronta”.

A irmã que observava, não conteve as lágrimas! Suzie olha na direção dela e diz que a reconhece – haviam se encontrado somente duas vezes na vida, mas quando temos o mesmo Pai, somos todos filhos e irmãos (Jo 1.12,13; Rm 8.16). O sentimento de amor e proximidade era tão intenso que as lágrimas não paravam de rolar. Lágrimas de alegria em ver manifesta naquela carne tão debilitada a maior certeza e esperança que o cristão pode ter nessa vida: a VIDA ETERNA! (1Jo 2.25).

Foi um dos encontros mais marcantes da vida daquelas irmãs, muito foi dito neste encontro e o esposo de Suzie confirmou que ela já não falava com aquela clareza haviam muitos dias e todas as palavras faladas por Suzie e seu esposo, um evangelista com um coração firme no Senhor, com certeza nunca serão esquecidas.

É lindo quando lemos: “Porque para mim o viver é Cristo e o morrer é lucro” (Fp 1.21). Entretanto, esse pode ser um conceito tão contraditório em um mundo extremamente conectado ao que é palpável e visível. Um mundo onde as pessoas pensam que ser bem-sucedidas é ter excessos de bens materiais e serem valorizadas como pessoas importantes ou até mesmo famosas. Morrer? E tudo o que eu trabalhei para ter? E tudo o que eu poderia viver ainda? E tudo que existe para se aproveitar nesse mundo?

Mas o apóstolo João nos diz: “Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele” (1 Jo 2.15). Nosso esforço diário como cristãos para nos desapegarmos das coisas do mundo nunca pode ser parado. É uma luta contínua, estamos em uma maratona e temos que, incansavelmente, combater o bom combate (2Tm 4.7). Quando Paulo escreve isso a Timóteo, ele diz que o tempo da partida dele estava próximo e exorta aquele irmão em Cristo a ser sóbrio em tudo, sofrer as aflições, fazer a obra de um evangelista e cumprir o ministério dado por Deus (2Tm 4.5). Suzie fez com aquelas irmãs o que Paulo fez com Timóteo.

Suzie sabia que estava de partida desse mundo e mesmo assim estava em paz e não em agonia! Seu esposo Tom também tinha um semblante de gozo e alegria que somente o Pai pode dar aos Seus filhos. Depois de uns 20 minutos onde aquelas duas irmãs experimentaram o gozo do céu aqui na terra, se despediram e olhando nos olhos de Suzie e segurando suas mãos trêmulas, a irmã que a princípio não queria entrar falou: “Te vejo no céu minha querida irmã! Te amo em Cristo” e Suzie repetiu as mesmas palavras com tanta clareza e com um sorriso que somente o Espírito Santo é capaz de dar!

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