O Sacerdócio de Cristo comparado ao Arônico

Quando Deus mandou Moisés construir o Tabernáculo com todos seus aparatos, peças e mobília, tinha um propósito divino. Todas essas coisas eram uma sombra do Tabernáculo celestial, morada do Deus Altíssimo. Assim, cada objeto material ou animal, ali representados, tinham um sentido espiritual. Podemos observar que Deus usou essas formas simbólicas, figurativas ou tipológicas, com a finalidade de trazer uma revelação da obra salvífica que Jesus Cristo efetuaria para a redenção eterna do homem (Ef.2.5,8; Gl 4.4). Já quanto a figura e funções do sacerdócio levítico, prefigurava Jesus Cristo depois de ressurreto, à destra de Deus, como Sumo Sacerdote eterno de nossas almas.
No Antigo Testamento, foi estabelecido em Arão (Ex 29.30) e no Novo Testamento em Cristo, segundo a ordem de Melquisedeque. A diferença está no fato do sacerdócio arônico se fundamentar em procedência humana os descendentes da tribo de Levi (Nm 1.49-50,52-53). Já o sacerdócio de Cristo, embora Ele tivesse nascido de mulher (Hb,1,14), tem origem divina e eterna (Hb 7.4-10).
Já a respeito da origem do ofício sacerdotal, vemos na Bíblia que remonta a Melquisedeque (Hb 7.1). O Sacerdócio levítico era imperfeito (Hb 7.11), porque os seus sacrifícios, o culto, as ofertas e a liturgia dos serviços eram apenas uma sombra do verdadeiro sacerdócio. Só Jesus oficializaria, depois de ressurreto à destra de Deus, um sacerdócio perpétuo (Hb 7.23-28). O Sacerdócio arônico não foi capaz de justificar o homem pecador com Deus. O sacerdócio de Jesus, veio segundo a ordem de Melquisedeque e não segundo a de Arão. Jesus foi capaz de reconciliar o homem com Deus por meio do seu sangue (Hb 9,11-14).
Na Antiga Aliança o sacerdócio arônico usava sangue alheio de animais inocentes para remediar os pecados dos transgressores (Hb 10.4). Jesus como nosso Sumo sacerdote, veio para derramar seu sangue precioso e morrer em nosso lugar (Is 53.4-5; 1Pe 2.24; 3.18). Ele é o sacrifício perfeito para expiar nossas culpas e nos justificar e nos reconciliar perante Deus (Rm 4.25; 5.8-11).
Em Êxodo 29.1-34, descreve a forma sacrificial que eram feitas pelo sacerdócio levítico e suas implicações para um efeito paliativo e não definitivo para tirar a culpa do pecador (Hb 10.1-4,11). No entanto, o sacrifício perfeito de Jesus, foi oferecido de uma vez por todas, pela oblação do corpo de Jesus Cristo, feita uma vez e definitivamente (Hb 10.8-12). E não só isto, Ele está assentado à destra de Deus Pai, como o nosso intercessor bendito pelos pecados que involuntariamente viermos a cometer (1Jo 2.1-2).