Por Que Deus Construiu um Tabernáculo no Deserto

Em seu plano divino, Deus criou todas as coisas (Cl 1.16). Ele restaurou a terra e formou o homem a sua imagem e semelhança e Ele o visitaria todos os dias (Gn1.2-31). O homem iludido por Satanás pecou e isto fez Deus alterar seu plano e não a sua vontade do homem morar com Ele eternamente (Jo 14.1).
O Tabernáculo que Deus mandou Moisés construir, foi com o propósito dEle estar presente no meio do seu povo: “E me farão um santuário, e habitarei no meio de vós” (Ex 25.8; 29.45; Lv 26.11). O Tabernáculo terreno era uma sombra do modelo original que existe no céu (Hb 9,11; Ap 21.3), onde Jesus está entronizado como diz Hebreus 8.1-2: “temos um sumo sacerdote tal, que está assentado nos céus a destra do trono da Majestade, ministro do santuário e do verdadeiro tabernáculo, o qual o Senhor fundou, e não o homem”.
João foi arrebatado em espírito ao céu e teve uma visão gloriosa do Tabernáculo celestial: “E logo fui arrebatado em espírito, e eis que um trono estava posto no céu e um assentado sobre o trono. E do trono saiam relâmpagos, e trovões, e vozes, e diante do trono ardiam sete lâmpadas de fogo, as quais são os sete Espíritos de Deus” (Ap 4.2,5). E ao redor do trono, havia uma multidão de anjos que glorificavam a Deus (Ap 5.11).
Agora compare o Tabernáculo celeste com o mosaico. Na Tenda do Testemunho, estava o lugar santo, com o castiçal de sete lâmpadas acesas continuamente (Lv 24.2-4). E o Lugar Santíssimo, com a Arca e o propiciatório com dois querubins, onde a glória de Deus se manifestava diante de todo povo (Ex 25.20-22; Lv 16.2b; Nm 7.89, 9.15-16).
Para materialização da obra do Tabernáculo, Deus arquitetou e elaborou a engenharia de toda a construção e passou a Moisés: o Átrio, o Altar dos holocaustos, a Bacia de bronze, a Tenda do Testemunho, o Lugar Santo, o Lugar Santíssimo, e forneceu a relação dos materiais que deveriam ser utilizados na obra.
Neste projeto divino, Deus mandou Moisés anunciar três medidas importantes a seu povo:
a) a parceria com os israelitas, que participariam da obra de construção do Tabernáculo com suas ofertas alçadas.
b) compromisso de fidelidade do povo que traria além do que era necessário para execução da obra: ouro, prata, cobre, pedras preciosas, madeira de cetim, peles de animais, panos etc (Êx 25.2-7).
c) a oferta voluntária feita de coração.
Moisés subiu ao monte, uma nuvem cobria o monte: “o aspecto da glória do Senhor era como um fogo consumidor no cume do monte” (Êx 24.15-17). Por quarenta dias e noites Moisés entrou no meio da nuvem e subiu até o cume do monte para ouvir a Deus (Êx 24.18). O Altíssimo deu a Moisés as diretrizes para construir o lugar onde Ele habitaria. “E me farão um santuário, e habitarei no meio dos filhos de Israel e lhes serei por Deus” (Ex 25.8; 29.45).
O Tabernáculo era um projeto celestial, onde o desejo do Pai de habitar entre os homens, que foi interrompido no Éden, voltaria a acontecer. No entanto, esse objetivo somente seria consumado depois da crucificação de Jesus Cristo, na plenitude dos tempos (Gl 4.4; Ef 1.5-10).
O Tabernáculo de Moisés, no qual Deus Manifestou sua glória, serviu de protótipo da Igreja de Cristo. Através da tipologia que ele representa de Jesus Cristo, veremos a importância simbólica do Tabernáculo com seus adereços, utensílios, cultos, sacerdotes e ajudantes. Assim entenderemos na sua ordem, o significado de cada item na relação espiritual-tipológica com a Igreja de Cristo.