top of page

Tentação: A Batalha Espiritual do Crente

Pr. José Soares Leite

Tentacao

A Bíblia afirma que nenhuma tentação jamais provém de Deus (Tg 1.13). A tentação é a personificação do mal que é próprio do Diabo, cujo objetivo é transgredir a vontade permissiva de Deus. A tentação, desde o Éden, é especificamente destinada a seduzir o homem a pecar e desobedecer a Deus. No seu intento maligno, o Diabo induz o homem a praticar o que é incorreto e contrário aos desígnios do Senhor (Gn 2.16-17; 3.1-5).

A tentação, apesar de ser maléfica, não é irresistível. O seu autor, o Diabo, pode ser vencido. Jesus, como homem, enfrentou Satanás e o derrotou quando foi tentado no deserto (Mt 4.1-11; Mc 1.12-13). Ao crente, Jesus outorgou poder e autoridade: “Eis que vos dou poder para pisar serpentes, e escorpiões e toda a força do maligno...” (Lc 10.19). Na epístola de Tiago (4.7b) diz “Resisti o diabo, e ele fugirá de vós”. Deus pode permitir que o crente sofra tentação a fim de provar sua fidelidade, como foi o caso de José e a mulher de Potifá (Gn 39.7-12).

A Bíblia diz no livro de Efésios (4.27): “Não deis lugar ao Diabo.” Na carta de 1 Pedro (5.8) vem o alerta ao crente, dizendo: “Sede sóbrios; vigiai; porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar.” O diabo acompanha todos os passos do cristão, procurando achar uma brecha para instiga-lo a pecar (2Co 11.3; 1 Ts 3:5). O crente que está firmado em Cristo pode resistir à tentação, porque só Jesus pode socorre-lo na hora da tentação (Hb 2:18; 4:15-16).

O Diabo é inimigo de Deus e do ser humano e não pode ser subestimado. Ele é um ser inteligente, cheio de astúcia e sagacidade para agir enganosamente. Em sua maldade, ele distorce até a Palavra de Deus para sustentar sua tentação. Ele agiu assim no Jardim do Éden (Gn 3.1-6) e na tentação de Jesus no deserto (Mt 4:3). Ele continua enganando todos os seres humanos no mundo (Ap 12.9) e por último até no final do Milênio (Ap 20.7-9).

O crente verdadeiro detém o poder do Espírito Santo que habita nele (Lc 24.49; At 1.8). Ele não está mais sob o domínio das trevas, mas pertence ao Reino de Deus (Cl 1:12-13). Ele dispõe da autoridade do nome de Jesus para resistir o maligno (Mc 16.17). Assim, por mais que as tentações sejam grandes, está escrito que Deus não permitirá que elas jamais superem os limites permitidos pelo Senhor (1Co 10:13; 2Pe 2.9). Por isso, Jesus ensinou aos crentes a orar ao Pai pedindo: “Não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal” (Mt 6:13; Lc 22.40).

Ser tentado não é pecado, mas pecar é ceder à tentação. Portanto, Jesus disse para seus discípulos “Vigiai e orai para não entrar na tentação” (Mt 26.41). O crente quando está resistindo a tentação, ainda não consumou o pecado. É durante o conflito que o crente deve recorrer ao jejum, a oração e a Palavra. Jesus resistiu o Diabo no deserto por quarenta dias em jejum e oração, e quando o expulsou fez uso da Palavra dizendo: “Está escrito” (Mt 4.10-11).

Se porventura, um cristão ceder a determinada tentação e vier a cometer pecado, ele ainda conta com a promessa do perdão restaurador que flui da misericordiosa graça redentora de Deus (1Jo 2.1-2). Porém, ceder à tentação é algo que o crente jamais pode reincidir, como diz 1 João (3.9): “Qualquer que é nascido de Deus não comete pecado; porque a Sua semente permanece nele; e não pode pecar, porque é nascido de Deus”.

MAIS RECENTES

CATEGORIAS

2022 by Evangelho da Graça
bottom of page