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As Parábolas das Coisas Perdidas: a Ovelha e a Dracma

Pr. José Soares Leite

Nestas duas parábolas de Lucas 15.3-10, Jesus estava falando acerca do Reino de Deus, aos pecadores afastados que não se achavam dignos de irem a presença do Senhor. Havia também entre eles os publicanos, cobradores de impostos do governo romano, e os religiosos, fariseus e escribas. Estes, murmuravam contra Jesus, por Ele se relacionar com essas classes de pessoas. Então Jesus aproveita essa oportunidade para ensinar por meio dessas parábolas que apontam para uma mesma verdade. O foco é incentivar o pastor a amar os que estão afastados de Deus e resgatar o que se havia perdido até encontrar, no caso, a ovelha e a dracma.

Interpretando a parábola da ovelha perdida (V.3-7), Jesus está ali demonstrando o cuidado que o pastor deve ter com a ovelha perdida ou desgarrada (Mt 18.12-13; Lc 15.3-7). Esta era uma mensagem direta para os doutores da lei, escribas e fariseus, que não estavam apascentando o rebanho de Israel. Esta recomendação já havia sido predita pelo profeta Jeremias séculos antes (Jr 23.1-4), que diz: “Ai dos pastores que destroem e dispersam as ovelhas do meu pasto... que apascentam o meu povo: Vós dispersastes as minhas ovelhas, e as afugentastes e não as visitastes; eis que visitarei sobre vós a maldade de vossas ações”.

Vemos que essas figuras de linguagem encaixam perfeitamente com o que Jesus queria ensinar: “Digo-vos...haverá alegria no céu por um pecador que se arrende, mais do que por noventa e nove justos” (v.7). O clero religioso judaico, se achava tão santo, mas não cumpria a lei do Senhor e ainda fazia críticas à Jesus porque ensinava ao povo doutrinariamente. No livro de 1Pedro 5.2, fala sobre a obrigação do pastor “apascentar o rebanho de Deus... tendo cuidado dele, não por força... nem por torpe ganância... mas servindo de exemplo... para alcançar a incorruptível coroa de glória”.

No Evangelho de João 10,11-12, ele faz um comentário sobre a diferença entre o bom pastor e o mercenário. Jesus ensinando a Pedro, perguntou-lhe três vezes: “Pedro tu me amas, apascenta as minhas ovelhas” (Jo 21.15-17). Aprendemos com esta parábola, que não só os pastores, mas todos nós como igreja de Cristo, temos esta responsabilidade. Fomos ordenados pelo Senhor, a sermos evangelizadores (atalaias), para anunciar o Evangelho de Cristo (Mc 16.15; Mt 28.19). Assim, poderemos desviar o ímpio do seu mau caminho, para que não morra na sua iniquidade e para que não seja requerido de nossas mãos o seu sangue (Ex. 33.7-8)

A parábola da dracma mostra outra realidade, ela foi perdida dentro da própria casa, porém com o mesmo objetivo. Aquela mulher, mesmo lhe restando nove dracmas, se esforçou diligentemente em procurar, porque era algo de valor para ela. Vemos que ela teve a mesma preocupação do pastor de ovelhas e procurou a dracma perdida até achá-la. Prova disto, foi a alegria que ela teve, fazendo uma festa e convidando suas amigas para se alegrarem com ela quando encontrou a dracma. Por isso Jesus disse: “que há alegria diante dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende” (Lc 15.10).

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