O Significado da Semana da Páscoa

A Páscoa foi instituída pelo Senhor no Egito, no décimo quarto dia do mês nisã. O seu ritual consistia no sacrifício de um cordeiro pascal por cada família. O sangue do cordeiro era espargido nos umbrais e vergas das portas de suas casas (Ex 12.1; 13.10). Esse sinal faria que o anjo da morte passasse naquela noite por cima de suas casas, poupando a vida dos filhos dos hebreus.

Este acontecimento sucedeu na noite em que o juízo de Deus se abateria sobre todos os filhos primogênitos do Egito. Cada família deveria sacrificar um cordeiro e assá-lo no fogo e consumi-lo totalmente, sem quebrar os ossos. Nesta refeição estavam incluídos os pães asmos e foi estabelecida por “estatuto perpétuo”, para o povo de Deus (Ex 12.14).

A Páscoa se tornou a mais importante e significativa das sete festas realizadas por Israel. Ela marcava a primeira aliança formal entre Deus e o seu povo (Êx 24.7,8). Um ano depois de Israel ser liberto, foi celebrada a segunda páscoa, no deserto (Nm 9.1-5). A terceira Páscoa só foi celebrada quarenta anos depois da peregrinação, quando o povo entrou na terra de Canaã (Js 5.6).
A partir de então, a Páscoa se tornou a principal celebração religiosa dos judeus (Ex 12.2). Na sua pátria, ela teve algumas alterações: contava com um sacerdócio e passou a ser realizada num santuário central (Tabernáculo). Anualmente, os judeus deveriam se congregar para celebrar à Páscoa (Ex 23.17; Dt 16.13).
Nos seis dias subsequentes a Páscoa, de 15 a 21 de Nisã, eles participavam da convocação, onde eram apresentadas oferendas diárias adicionais pela nação: ofertas de manjares (que não envolvia animais) e sacrifícios de holocaustos (Nm 18.19-23; Lv 2.1-16; 6.14-23; 23,9).
Durante a observância ritualista da semana da Páscoa, o povo judeu reconheceria que as bênçãos do Senhor se faziam presente, continuamente, através de suas provisões. Por isso os israelitas traziam a presença do Senhor os molhos das primícias da terra (Lv 23.9-14).
Deus redimiu Israel da servidão egípcia, para que seu povo fosse santo (Ex 31,13; Dt 5.12-15). Deus separou o dia de sábado, para que os israelitas fossem proibidos de trabalhar e consagrassem um dia por semana ao serviço de Deus (Ex 35.3; Nm 15,32-36). A Páscoa era celebrada uma vez por ano, justamente no sábado.
Os propósitos da observância da Páscoa era para relembrar os israelitas da miraculosa intervenção divina efetuada em favor deles, no Egito (Ex 13.3,4; 34,18, Dt 16.1). Para nós o povo cristão, a Páscoa tem o significado típico da crucificação de Jesus Cristo. Portanto, Jesus é o nosso cordeiro pascoal, porque Ele foi sacrificado por nós (1Co 5.7), para nos libertar do pecado e nos dar a vida eterna.