A Lâmpada Arderá Continuamente
Deus ordenou a Moisés que fizesse um Candelabro de ouro puro, obra batida a martelo, para iluminar o Lugar Santo, o compartimento anterior do Tabernáculo. Toda a mobília foi trabalhada com destreza e capacitação divina pro Bezaleel e Aoliabe que utilizaram um talento de ouro que equivale a 35 a 40 quilos.
O Candelabro era uma peça com seu pedestal, hastes, cálices, maçanetas e flores. Toda a peça era rigorosamente simétrica e harmônica (Ex 25.31-36) para que a luz pudesse brilhar com intensidade em um ambiente que sem ela era penumbra ou até mesmo trevas. Moisés colocou o Candelabro em frente da mesa dos pães da propiciação, do lado esquerdo, ou seja, a parte sul do Tabernáculo. A luz brilhava sobre a área na frente do Candelabro, iluminando assim o Lugar Santo que continha também o altar de ouro para o incenso (Ex 40.22-26; Nm 8.2,3). Para iluminação do Candelabro, o Senhor ordenou que os filhos de Israel trouxessem o azeite dentre os materiais que ofertaram com coração voluntário para construção do Tabernáculo (Ex 25.2).
Sendo o Candelabro a peça mais bela do Tabernáculo, tinha por finalidade conscientizar os filhos de Israel de sua missão profética, sacerdotal e real no mundo. Pois através dos israelitas, a luz do Messias iria raiar como profetizou Isaías (9.2): ”O povo que andava em trevas viu uma grande luz; sobre os que habitavam na região da sombra da morte resplandeceu a luz.”
Para que a luz no Candelabro permanecesse acesa, além do azeite era necessária a manutenção diária que era feita por Arão e seus filhos (Ex 30.7,8). Hoje este trabalho é comparado ao trabalho dos ministros do Evangelho, apresentando a palavra que é vida, pregando expondo de forma clara e abrangente. Assim como sacerdotes cortavam os pavios queimados, limpavam os castiçais e colocavam neles o azeite para manter as lâmpadas acesas; sejam também os ministros do Evangelho no cumprimento de sua missão.
Jesus, a luz Perfeita e Eterna, a Igreja e cada um de nós foi simbolizado através do Candelabro. Jesus é a luz do mundo (Jo 8.12); a Igreja como luz do mundo (Jo 9.5) e o crente como luz do mundo (Lc 11.35). Nossa união com Cristo, nossa comunhão fraternal e nosso testemunho diário mantêm nossa luz brilhando continuamente.
