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A Sobriedade na Vida Cristã

Pr. José Soares Leite

Como crentes, o que Deus pode dizer a respeito de nossa conduta? Será que o mesmo que Ele afirmou sobre Seu servo Jó: “...homem sincero, e reto, e temente a Deus, que desvia do mal” (Jó 1.8). As características do verdadeiro servo de Deus estão estampadas na sua sobriedade que procede da virtude do fruto do Espírito Santo. Esta deve ser a essência de seu caráter cristão, na boa conduta de sua vida cotidiana. Essa sobriedade é a qualidade essencial para quem exerce algum ofício no ministério divino: “Porque o fruto do Espírito está em toda bondade, e justiça, e verdade, aprovando o que é agradável ao Senhor” (Ef 5.9-10).

A Bíblia nos mostra as consequências que a bebida trouxe aos piedosos servos de Deus no passado. A embriaguez de Noé o fez amaldiçoar as gerações futuras de seu filho Cã. Ló embriagado, chegou a cometer incesto com suas filhas. O vinho levou os sacerdotes levitas Nadabe e Abiú a agir de forma irreverente e profana, quando ofereceu fogo estranho na Tenda da Congregação. Davi usou o vinho para corromper Urias e encobrir o seu pecado de adultério cometido com a esposa (Gn 9.20-29; Gn 19.31-38; Lv 10.8; 2Sm 11.13). A cor do vinho no copo seduz a pessoa a beber, sem pensar no resultado (Pv 23.31). O livro de Provérbio ainda diz: “O vinho é escarnecedor, e a bebida forte alvoroçadora e todo aquele que neles errar nunca será sábio” (Pv 20.1).

Um servo de Deus não pode cometer tal desatino, porque certamente o vinho o sujeitará a dissoluções idênticas ou piores que estas acima mencionadas. Os servos de Deus e os ministros cristãos devem ser um exemplo de sobriedade, temperança e domínio próprio. Porque não só o vinho como também outros vícios igualmente nocivos são danosos a nossa vida e testemunho cristão perante as outras pessoas. Somente um homem dirigido pelo Espírito Santo poderá evitar tais coisas: “E não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do Espírito” (Ef 5.18). Tanto antigamente quanto hoje, o álcool pode levar o crente a ruína.

No conceito neo-testamentário, temos severas advertências quanto ao uso do vinho. Na Igreja Primitiva, os postulados às funções do santo ministério, tinham que ter uma conduta irrepreensível e não ser dado ao vinho (Ef 4.11-12; 1Tm 3.3,8; Tt 1.7). O rebanho de Jesus Cristo deve ser cuidado por quem abstêm-se das bebidas alcoólicas (Pv 31.4). O verdadeiro cristão, deve se afastar do vinho e buscar a plenitude do Espírito Santo (Ef 5.18; Is 5.11-12).

No conceito vetero-testamentário, Deus tolerou o uso de bebidas fermentadas, suportou também a escravatura dos israelitas como um mal contingente, passageiro. Mas fica evidente nas Escrituras, que esses males que atingiram o ser humano não é parte do plano divino. Deus quer que todos os homens sejam livres e não busquem serem servidos, mas servir. Embora tolerando isso, Deus deu leis ao seu povo para coibir essa prática em voga naquele tempo entre as nações pagãs, até que o Seu objetivo fosse alcançado na vida deles (Êx. 21:16, 20; Ef. 6:9; Col. 4:1).

O Seu povo teria que aprender, depois de viver quatrocentos e trinta anos de escravidão e em estado semi-bárbaro, os rudimentos das “Escrituras” para que viessem atingir os propósitos de Deus. (Ex. 20:7-11; Dt. 21:10-17; Ml. 2:12-16).

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