Uma Vida Financeira Equilibrada

Como cristãos, devemos saber que Deus é o dono da prata e do ouro, tudo pertence a Ele (Ag 2.8; 1Cr 29.12). Logo, as posses e os bens são concedidos ao ser humano pelo Senhor. Se Deus permitir que uma pessoa consiga licitamente alguma riqueza, que esta seja usufruída de forma íntegra e desprovida de usura ou vaidade. Em Provérbios 30.8, vemos o exemplo do Salmista Agur que pediu ao Senhor uma vida financeira equilibrada: "Não me dês nem a pobreza nem a riqueza". Ele não queria ser rico, para que de tão farto não viesse negar o Senhor pela cobiça ao dinheiro, desviando-se da fé (1 Tm 6.10). Ele também preferiu confiar no Senhor de que não seria um pobre miserável: ”Nunca vi um justo desamparado nem sua família mendigar o pão" (Sl 37.25).
Vemos nos ensinos de Jesus a advertência sobre duas coisas: uma é contentarmos com uma vida próspera, que não nos leva a riqueza, mas que não nos falte nada: “o pão nosso de cada dia dá-nos hoje” (Mt 6.11; 1Tm 6.8). A outra se refere ao amor ao dinheiro que é a raiz de todos os males (1Tm 6.6.10). O Apóstolo Paulo afirma que melhor é a vida moderada: "Mas os que querem ser ricos caem em tentação, e em laço ... que submetem os homens a perdição e ruina" (1Tm 6.9).
Outro aspecto que os cristãos devem observar, é a maneira sábia de como usar os bens e as riquezas que o Senhor lhes conceder : “Por que gastais o dinheiro naquilo que não é pão? E o produto do vosso trabalho naquilo que não pode satisfazer?” (Is.55.2). Procedendo com sabedoria, podemos ser sempre agradecidos ao Senhor por termos sido abençoados econômica e financeiramente: "Que darei ao Senhor por todos os benefícios que me tem feito" (Sl 116.12 ). Devemos glorificar à Deus, retribuindo os favores recebidos, abençoando as outras pessoas: "Dá a quem te pedir e não te desvie daquele que quiser que lhe emprestes” (Mt.5.42).
No mundo, as pessoas estão dominadas pela corrupção e o obstinado amor ao dinheiro e isto não exclue nem mesmo cristãos. Jesus disse aos seus discípulos: ”É difícil entrar um rico no Reino dos céus" (Mt 19.23). O crente deve se conduzir nesta vida como alguém que sabe que todas riquezas pertencem à Deus, não pondo nelas o seu coração (Sl 62.10), mas lembrando que somos apenas mordomos (Lc 12.42). Um dia todos nós devemos prestar contas ao Senhor, que nos confiou bens e riquezas para administrar e sermos abençoados (Mt 25.19 : Rm 14.21).
Se Deus permitir ao cristão posses de bens e riquezas nesta vida, amém. No entanto que o fato de possuir o dinheiro, seja em muita ou pouca quantidade, se torne para ele um canal de bênção e não de maldição – tal fato aconteceu ao Jovem rico (Lc 18.23) e com Ananias e Safira (At 5.1-5). Outra razão é saber à procedência da riqueza; se é de forma ilícita (Pv 11.1; 20,10), de extorção do seu semelhante (Am 2.6) ou através do meio digno do trabalho (Lc 10.7; 1Ts 2.9).